VISITAS GUIADAS
Série de visitas-guiadas online ao acervo virtual do Museu dos Meninos, mediadas por Mauricio Lima.
O programa performativo convida artistas, pensadores, políticos e ativistas negres, nacionais e internacionais, que desenvolvam ações voltadas para a luta anti-racista para traçar estratégias para escurecer e imaginar Futuros impossíveis.
A primeira temporada, realizada em 2020, foi comissionada pela fundação cultural holandesa Prince Claus, e contou com a parceria do The Black Archives, em Amsterdã, e a segunda temporada realizada através da Lei Aldir Blanc - 2021.
PERFORMANCE
VIRTUAL
Performance virtual que realiza uma arqueologia afetiva a partir de 5 "artefatos" recolhidos na pesquisa para a criação do Museu dos Meninos.
Em Arqueologias do Futuro, Maurício evoca a figura do ator MC que, através de alguns desenhos e grafismos, realiza um depoimento a partir de memórias, vividas e inventadas, da sua infância e adolescência no Complexo do Alemão, território de origem do artista. Nesse processo de escavação e descoberta de artefatos, o performer se pergunta sobre o que o corpo fala, quais corpos são vistos e ouvidos e quem tem direito de narrar suas próprias histórias.
TEASER
PERFORMANCE
MAURÍCIO LIMA
DIREÇÃO E DRAMATURGIA SAMPLEADA
FABIANO DE FREITAS E MAURÍCIO LIMA
DIREÇÃO DE ARTE
EVEE ÁVILA
⠀⠀
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO:
NELY COELHO
FICHA
TÉCNICA
DIREÇÃO TÉCNICA
JURACY DE OLIVEIRA
⠀⠀
TRILHA SONORA
EDGAR
⠀⠀⠀⠀
IDENTIDADE VISUAL
RODRIGO ROSM
COPRODUÇÃO
PANDÊMICA - COLETIVO TEMPORÁRIO DE CRIAÇÃO
Uma performance-depoimento a partir
de memórias - vividas e inventadas - da vida do performer Mauricio Lima no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, acompanhado de mais 30 vozes, se perguntando: o que o corpo fala? Quais corpos são vistos e ouvidos? Quem tem direito de narrar suas próprias histórias?
Uma navalha, o Menino Amarelinho, as rotas de fuga, o Homem-bola e o corpo-museu são os “artefatos” recolhidos nessa arqueologia, formando um mosaico imagético-sonoro, político-poético, sampleando ficção e documento, apontando as potências de vida e o futuro, não o que há de vir, mas o que já é, de corpos vivos e em movimento.
PEÇA- PERFORMANCE
ARQUEOLOGIA
ARKHÉ:
O INÍCIO,
O COMEÇO.
INDÍCIOS.
VESTÍGIOS.
FUTURO
UM TEMPO QUE
HÁ DE VIR.
DESTINO.
SORTE.
"...apesar da batalha, o pente cheio
As tecnologias ancestrais nós temos
Pra induzir o sonho dentro de um pesadelo
Entre um traçante e outro
Dilatar o tempo e imaginar um mundo novo"
Don L.
todo corpo respira todo corpo imagina.
imaginar é como respirar.
pode até ser que - alguns de nós, por motivos diversos - respiremos mal.
mas respiramos.
todo corpo respira todo corpo imagina.
um dia eu sonhei uma peça com os músculos.
todos eles.
um dia eu sonhei uma peça como música.
foram quase 4 anos sampleando e remixando memórias, caindo e escavando buracos.
em si e com os outros.
à revelia do que esperam de nós criamos um lugar ancestral para inventar o amor e imaginar futuros.
uma peça também não se faz sozinho,
se faz com muitos músculos e tantos corpos.
celebro e agradeço a todes que se juntaram e se juntam nesse jogo de re-imaginar a favela.
Salve o Complexo do Alemão e todas as favelas que fazem a vida nascer no asfalto ou no barro. no morro ou na pista!
Tamo aqui de novo. porque o tempo se
curva e bailarina.
Tamo aqui de novo mas n’outro ponto. Mais fortes.
celebrar a presença é a nossa vingança.
imaginemos!
_MAU
DESAPARECER E OUTRAS ESTRANHAS MAGIAS
Quando se é menino, se tornar invisível costuma
ser um desejo. Eu sonhei em poder escolher ser invisível algum dia. Piscar os olhos, cobrir a cabeça com o capuz de uma capa, apertar um botão num cinto, enfiar um cristal em uma geleira e, simples assim, desaparecer. Pois, para alguns meninos,
a invisibilidade é uma construção social nefasta e necropolítica. Os meninos-demuni, os meninos-dissidência, os meninos-favela, os meninos-preto,
os meninos-estrela, nunca puderam escolher ser invisíveis. Seus corpos são estridentes o suficiente para serem notados tanto quanto para que sejam invisibilizados, para que desapareçam. Só que,
ao contrário de trazer à luz, aqui nesta obra, resolvemos mergulhar na escuridão. No escuro da arqueologia, nessa escavação, nos embrenhando pelos labirintos, recolhendo os vestígios, exumamos fósseis e montamos o museu vivo das coisas vivas.
É no subsolo que enxergamos melhor e conseguimos ouvir os corpos que sempre foram falantes.
Eu (e aqui é tudo sobre vários eus) me sinto convocado, há tempos, a ser também esse arqueólogo. Convocado pelo afeto, antes de tudo. Mas também pelo compromisso com o que
dizer do mundo. Para que meninos, meninas e
menines possam ser visíveis (ou invisíveis)
quando desejarem.
Expomos assim o nosso sample, esse remix,
a nossa, apenas uma das tantas possíveis, arqueologia do futuro. É tudo urgente!
Evoé, Mau! Quanta vida!
Evoé, Museu dos Meninos!
_O MENINO DADADO
FICHA TÉCNICA
Performance: Maurício Lima
Direção: Fabiano Dadado de Freitas e Maurício Lima
Dramaturgia Sampleada: Fabiano Dadado de Freitas
e Maurício Lima
Direção de Arte: Evee Ávila
Direção de Produção: Nely Coelho
Trilha Sonora: Novíssimo Edgar e Beá Ayòóla
Sonoplastia, Mixagem e Master "Artefato 3": Vinicius Guelfi
Videoartista: Caio Casagrande
Video Mapping: Fagner Lourenço
Iluminação: Fabiano Dadado de Freitas
Colaboração Artística: Tainah Longras e Romulo Galvão
Imagens "Homem-Bola": Diogo Nascimento
Coordenação Montagem de Luz: GIVVA
Operação de Luz: Debrá
Operação Videomapping e Som: Carolina Godinho
Cenotécnicos: Iuri Wander e Vitor Emanuel (Vitão)
Design gráfico: Pedro Leobons
Mídias Sociais: Rodrigo Menezes
Assessoria de Imprensa: Lyvia Rodrigues -
Aquela que Divulga
Formação de Público: Diogo Nunes
Menines: André Oliveira - Db, Arthur, Carlos Pinajé, Claudio Sampaio, Diogo Nascimento,
Diogo Nunes, Eliel Morais, Felipe Gomes,
Gabriel De Araujo, Hugo W. Dullaham, Ian Santos, Igor Santos, Jacaré Fantástico, Jonas Baldson, Jonathan Nunes, Lc De Oliveira, Luiz Neto,
Marcos Carolinno, Murilo Leandro, Pérola,
Rafael Sousa, Raí Silva, Thaylson Corrêa,
Victor Hugo Carolinno, Vítor Mazoni,
Vn - Bailarino Brabo, Wanderson Corrêa,
Wesley Rodrigues Jacob, Yan Pereira
Samples: Bia Ferreira (Não precisa ser Amélia) / Caetano Veloso + Gal Costa (O menino) /
Roberta Estrela D'alva + Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (O Teatro Hip-Hop) / Sueli Carneiro (Negros de pele clara) / Victoria Santa Cruz
(Me gritaron negra)
Parceria: CEAK - Centro de Estudos Ana Kfouri / Pandêmica Coletivo Temporário de Criação
AGRADECIMENTOS
Adriana e Paulo Cesar Cerejo, Ana Kfouri, Cidinha Alves, Gabriel Saito, Henrique Linhares, Jaciara Lima, João Leite, Juracy de Oliveira, Matheus Lima, Mauricio Bispo, Murilo Leandro, Pedro Leobons, Thiago Vieira e Pavunão da Lapa,Tia Bete (Centro Cultural Oca dos Curumins), Tia Irani, Yara Victoria